quinta-feira, junho 30, 2005

Memória

Tenho muita dificuldade em memorizar tudo o que tenha letras: nomes, marcas, frases, códigos, matrículas, etc. Números vou conseguindo. Acho até que conseguiria decorar matrículas se fossem apenas numéricas. Caras ou imagens no geral é no que sou melhorzinho.

Esta limitação já me trouxe alguns problemas profissionais. Há vários anos - para não dizer muitos, porque acho que me envelhece - tinha um cliente, um bom cliente, a quem conhecia perfeitamente a cara. Ele achava-me muita graça, essencialmente por ser um jovem, como ele próprio dizia, o que ainda me fazia sentir pior por nunca, mas nunca, me lembrar do nome dele.
A cena era sempre igual: eu dizia que o sistema informático estava muito lento para efectuar pesquisas através do seu nome e pedia-lhe o número de cliente. Lá introduzia o número e, alívio!, lá aparecia o nome do senhor.
No campo estritamente pessoal, ainda hoje sou gozado pelo meu cunhado por ter tentado citar uma cena dos Salteadores da Arca Perdida: "Silfides", very dangerous, you go first.
"Silfides", convenhamos, é muito parecido com "Asps", tem o mesmo som ssssssssss. Contudo, não é desculpável: eu vi esse filme mais de 20 vezes. Pior ainda com os meus all time favourite movies: Blade Runner e Lawrence of Arabia. Não consigo reter uma citaçãozinha, nem uminha. Mas tem a grande vantagem de os rever - o que já fiz inúmeras vezes - e ter sempre surpresas. Aliás, obras de qualidade superlativa como estas devem sempre surpreender-nos. Nem que seja por falta de memória.

NG

PPM - um post falhado

Tentei brincar com as recentes noticias sobre o PPM. Não consegui. A realidade vai para além de qualquer brincadeira.

Reparem:
O presidente do PPM, Nuno da Câmara Pereira, não sabe quantos são e quem são os militantes do seu partido. Mas já identificou 500 e acredita que sejam entre 5 mil e 10 mil.
O vice-presidente, Gonçalo da Câmara Pereira, indicou Elsa Raposo como candidata do PPM à câmara de Cascais. Acha, repito, acha que ela não é monárquica. E defende a sua candidata por, entre outras razões, não precisar de macho e ser uma visitadora nata.

Como gozar com isto, digam-me?

NG

quarta-feira, junho 29, 2005

Patrocínios na política

Os patrocínios nunca foram explorados pelos políticos para angariar mais receitas. Haverá, com certeza, marcas interessadas em associar os seus produtos aos políticos, aproveitando a sua visibilidade mediática. Seria uma forma de os partidos reforçarem os seus cofres e do governo reduzir o défice.
Alguns exemplos de potenciais patrocinios:

"Com as secretárias de Pedro Santana Lopes é que não ia ficar", declarou José Sócrates
Esta declaração teve o patrocínio de Manpower - Serviços de Recursos Humanos

«O Ministério das Finanças apurou a existência de incorrecções na informação compilada pela Direcção Geral do Orçamento e traduzida num quadro do relatório apresentado com o Orçamento Rectificativo», explica o ministério tutelado por Luís Campos e Cunha.
Esta declaração teve o patrocinio das calculadoras Texas Instruments

O ministro da Saúde, Correia de Campos, deu um "puxão de orelhas" aos médicos e outros profissionais do hospital de São João afirmando que «muitas mãos não são lavadas».
Esta declaração teve o patrocínio dos sabonetes Lux

NG

A solução para a justiça

Alberto Costa pretende a descriminalização total dos cheques sem provisão. Acho bem, são menos uns milhares de processos em tribunal e os cheques podem passar a ser mais fininhos e com picotado. E os pequenos furtos? Não são também uns bons milhares de processos? Despenalizem também, ficar sem um telemóvelzito ou um auto-rádio não chateia grandemente ninguém. E violência doméstica? Entre marido e mulher não se mete a colher, não é? E lá se iam mais uns milharzitos de processos. Pensando bem, este homem, o Beto Costa, é um génio: com uma despenalização global, não há burocracia, não há prescrições e resolve-se a crise da justiça.

NG

Manelinho das feiras

SobreHumanos

Grande, grande, grande, grande concerto no Coliseu. Só faltou o Camané abanar o capacete ou pelo menos tirar o casaco. E se calhar não. O homem é mesmo assim e uma voz daquelas estica a nossa compreensão.

NG

Cara de cueca

Esta expressão, que aviso desde já é copyright do [ai-dia], precisa de definição mais precisa.
Cara de cueca é quando estamos pálidos, com a pele tensa, aparentemente mais justa aos ossos, e com um ar definitivamente merdoso. Trata-se, por isso, de um estado desejavalmente temporário.
No caso do senhor referido lá em baixo, e a propósito do que disse mais acima, o estado de cara de cueca é permanente.

NG

terça-feira, junho 28, 2005

Conversa de pai babado (III)

- Tou mesmo a ver o filme: vão comprar este, afinal já não é este, é aquele, e depois não é nenhum... enfim, achas que temos alguma hipótese de ser campeões outra vez?
- A minha filha disse olá!

NG

Conversa de pai babado (II)

- A casa era excelente. Simples, sem luxos, mas bastante funcional. Uma casa ideal para férias. Tinha um enorme relvado à frente e uma piscina fantástica. E podia-se ir a pé para a praia. Então e tu, conta coisas.
- A minha filha disse olá!

NG

Conversa de pai babado

- Bom restaurante, pá. Ambiente porreiro, bom vinho e nada caro. Saí de lá às tantas. E tu, o que é que tens feito?
- A minha filha disse olá!

NG

segunda-feira, junho 27, 2005

As "nossas" expressões

As "nossas" expressões foram supostamente criadas por nós. Há muita gente que, antes de adiantar expressões próprias, começa pelo irritante "Como eu costumo dizer...". Trabalhei com um tipo que passava o tempo a dizer banalidades, sem deixar de as antecipar pelo irritante "Como eu costumo dizer...": "Como eu costumo dizer, devagar se vai ao longe"; "Como eu costumo dizer, tempo é dinheiro".
Tirando a dita expressão irritante, também eu fui confrontado com uma banalidade. Há uns anos, uns jogos de poker no Algarve levaram-me a (julgar) criar a expressão "cara de poker", aplicada a uma amiga, que, não por acaso, é mulher do Gaguinho.

Era uma expressão "minha". Até que, há momentos atrás, vi este post. Logo perguntei onde é que a autora tinha encontrado a "minha" expressão. Resposta humilhante, embora apresentada de forma bastante simpática:"cara de poker, poker face, pelo menos todos os romances policiais escritos desde 1900 têm uma vez essa expressão. :DDD(há sempre um detective que olha para os suspeitos com a sua 'poker face')".
Aprendida a lição? Claro que não! Estou, neste momento, a estudar as hipóteses das expressões "cara de sueca" e "cara de cueca" (sugestão recolhida no blogue do "poker face").

Cara de cueca tem potencialidades... lembro-me de várias personalidades a quem esta "minha" expressão se aplicaria que nem uma luva, ou melhor, que nem uma cueca. Uma delas poderia bem ser o senhor que referi no post anterior. Não acham que tem mesmo cara de cueca?

NG

Oh homem, vai ao médico!

"A liberdade que mata a liberdade", by João César das Neves.

Excertos:
"Das leis laborais ao Código da Estrada, as actividades humanas são regulamentadas para permitir o exercício pleno da liberdade. Todas menos uma." (Adivinhem qual?)

" (...) no campo sexual a única regra admissível é fazer-se o que se quer, sem ninguém ter nada com isso. Não é assim no tabaco, automóvel, bebida, economia, em todo o lado. Mas no sexo tem de ser." (O sexo! Que surpresa! Acho fascinante os paralelismos. Será que Neves pretende obrigar toda a gente a meter na pila avisos do tipo "sexo oral pode provocar asfixia"? Ou estabelecer limites de velocidade, tipo, menos de 15 minutos de relação é ilegal?)

"Estas questões estraçalham hoje a sociedade espanhola, corroem a cultura holandesa, incendeiam os estados norte-americanos." (em Portugal servem apenas para encher uma coluna do DN e centenas de posts de blogues)

NG

A esquerda e o poder

A esquerda, pelo menos como é entendida em Portugal, nasceu contra o poder. E assim vai sobrevivendo. Ser contra poder é fácil e é popular. O poder é preto, a esquerda é branca. O poder é o mal, a esquerda é o bem. O contra poder não é construtivo, nem realista. Não precisa de ser. Não convém que seja.
E tudo se complica quando a esquerda assume o poder. Passar do contra poder para o poder, implica um choque de realidade. É necessário decidir. E as decisões não podem ser de esquerda. Têm que ser realistas. O que se está a passar com Sócrates, já se passou com Soares (o tal que meteu o socialismo na gaveta). No caso de Guterres, confrontado com a realidade, optou por não decidir.
E a "verdadeira" esquerda, a que não está no poder, após ter rejubilado com a derrota da direita, ou melhor, com a derrota do poder, fica desorientada.
O Barnabé, que nasceu contra o poder (Bush, Barroso e Santana), foi vitima disso. A esquerda no poder tornou o branco e preto numa coisa cinzenta, dando origens a várias esquerdas, a "verdadeira" e a que mete o socialismo na gaveta.
Hoje como ontem, a esquerda não se dá bem com a realidade. E a realidade, que no contra poder pode ser torneada, não larga quem está no poder.

NG

E se fosse pela negativa?

Jorge Coelho, cabeça de lista do PS à Assembleia Municipal de Sintra, prometeu uma campanha "pela positiva". E tratou logo de cumprir esta promessa: "Criemos condições para ele[Fernando Seara] ser comentador desportivo a tempo inteiro, que é o que ele gosta de fazer". E ainda "(...) empresas municipais(...) enxameadas de tachos de amigalhaços políticos(...)".
Caros Coelho e Soares, aqui vão umas sugestões para a vossa campanha "pela positiva":
"Seara é careca";
"A Judite de Sousa comparada com a Bárbara Guimarães é como a Ponte Vasco da Gama com a IC19";
"PSD=Parvos, Sonsos e Deastrados".

NG

sábado, junho 25, 2005

Mamã, porque é que as pessoas não gostam do Papá?

Carmona aparece à frente das intenções de voto para a CML, numa sondagem publicada pelo Expresso. Já vi na blogosfera alguns comentários que não acreditam nesta sondagem, porque grande parte das pessoas não o conhece. Eu acredito na sondagem: grande parte das pessoas pode não conhecer o Carmona, mas toda a gente conhece o Carrilho.

NG

sexta-feira, junho 24, 2005

Sim, já sabemos, tens o melhor plantel e vais ganhar o campeonato e a taça UEFA

Peseiro: «Não tenho dúvidas que vamos ter sucesso»

NG

p.s. para quem se tiver esquecido da época passada, basta seguir este link

[ai(que)dia]

O meu dia começou ontem: uma chamada para casa, trazendo uma urgência para a manhã seguinte. Obrigou-me a duas chamadas, uma para passar trabalho, outra para passar uma reunião. A minha mulher trabalhou até às 5 da manhã (trabalhou em casa, refira-se, para que ninguém tenha tentações de comentar maldosamente). Eu, pelo menos, dormi o normal. De manhã, levei a minha filha à minha sobrinha, que foi a "nanny" de hoje, o meu sobrinho ao colégio e lá fui eu a caminho de Lisboa. Apanhei trânsito mas ia dando indicações telefónicas. Quando cheguei, foi só validar um email, pedir para fazerem chamadas, enquanto eu as fazia também. Metade da urgência cumprida. Entrei numa reunião às 10, 30, que tive de interromper por causa da dita urgência, que ainda o era, fazer mais umas chamadas e dar umas indicações, voltei para reunião onde fiz uma data de validações e sugestões sobre processos internos, e só de lá saí às 14. Almoço e tal, mais uns controlos e umas chamadas para acabar de vez com a maldita da urgência. E lá acabou. 17 horas. Mais uma breve reunião de ponto de situação sobre a reunião que deleguei, enviar uns emails, ler outros, começar uma nota que acabarei no fim-de-semana. 18 horas. Já chega. Depois de semana e meia a percorrer o país, onde dei 24 sessões de formação a 470 pessoas, merecia um final de semana mais descansado.

NG

Porque as que eram boas já ele tinha levado

Uma para o telefone fixo, outra para o telemóvel e outra para receber os emails

Cautela Serenela

Esta malta da polícia tem alguma coisa contra as grandes figuras da televisão portuguesa: primeiro Carlos Cruz, acusado de práticas pedófilas e agora Albarran, acusado de branqueamento de capitais. Quem se segue, Serenela Andrade? Se o riso constante e irritante for crime, leva pena máxima.

NG

quinta-feira, junho 23, 2005

O lapso da Ministra

Dá-lhe mais uns reais que os tipos atinam

Antecipando conversas com a minha filha

-Pai, como se chama aos habitantes de Espanha?
-Espanhóis, filha.
-Então os habitantes de França são Françóis?
- Não, são franceses.
- E os da Suécia, são suecesses?
- Não, são suecos.
- E os do Brasil, são brasilecos?
- Não, são brasileiros.
- E nós, de Portugal?
- Somos complicados, filha, complicados.

NG

Novelas do SLB

A última novela que vi foi a Guerra dos Sexos. E ainda vi essa porque tinha a Maria Zilda (voz rouca e mini-saia eram as suas marcas) e, principalmente, Maitê Proença (vi-a recentemente numa entrevista na GNT. Está óptima).
Nunca mais vi nenhuma. Tentei ver uma na SIC, já há uns anos, com uma actriz que parece a Sofia Loren, e na TVI de vez em quando tento ver o produto nacional. Mas não consigo aguentar aquele ritmo lento, próprio de uma coisa que tem que se esticar durante cento e tal episódios.
Por isso, novelas, para mim, só as do SLB. Agora está a dar uma fantástica: a novela do Diego. Não conhecem a trama? Eu passo a explicar (ler com pronuncia brasileira, tá?): Veiga era o empresário todo poderoso do futebol. Mas Mendes derrubou o seu império. Veiga aliou-se a Vieira, Presidente do Benfica, para aí tentar reconstruir o seu prestígio. Mas Mendes não descansou: convenceu Vieira a contratar um jogador - Diego - contra a vontade de Veiga. Veiga não perdoaria nunca Vieira, por isso ameaçou demitir-se se Diego fosse contratado. Tudo apontava para que a demissão acontecesse, mas o Benfica foi campeão. Vieira, por isso, já não podia demitir Veiga. Mas contratou Diego com Mendes. O que vai agora acontecer? Será que Diego vai para a equipa B e Veiga fica satisfeito? Ou vai para o plantel principal e Veiga se demite?

Não perca os próximos episódios da novela "Diego". Só no Glorioso, a estação do povão.

NG

A verdadeira Princesa do Povo

Diana era designada como a Princesa do Povo. Não concordo. Ela mostrava preocupação pelos pobrezinhos, mas só se dava com gente famosa e/ou rica.
A verdadeira Princesa do Povo é, sem dúvida nenhuma, Stephanie do Mónaco. Para além de já ter morado numa "roullote" - querem mais do povo do que isto? - ela contacta verdadeiramente com o povo: seguranças, malabaristas, professores, empregados de mesa... tudo pessoas com profissões modestas e a quem Stephanie se entrega de alma, coração e tudo o resto.

Um exemplo a seguir por toda a monarquia europeia.

NG

quarta-feira, junho 22, 2005

Dicionário Lisboa-Porto

Bica-Cimbalino
Imperial-Fino
(um)Pastel de Nata-(uma) Nata
MilFolhas-Napoleão
Segunda Circular-VCI
Vê-Bê
Bilhete de Metro-Andante
Dobrada-Tripas
Até à próxima-Continuação

NG

Aos professores pró-greve

Caros professores pró-greve,

vocês não aceitam que a idade de reforma seja aumentada. Ouvi uma colega vossa, num forum da TSF, dizer que os alunos com certeza não quererão ter professoras com mais de 60 anos. É óbvio. Eles preferem ter professoras entre os 18 e os 25, com uma silhueta similar à da Isabel Figueira. Não aceitam também as outras medidas, porque, e cito os representantes dos vossos Sindicatos, se tratam de direitos adquiridos. E como são adquiridos, não podem ser retirados. E esta atitude do Governo de considerar como serviços mínimos a vossa presença nos exames é, obviamente, ilegal. Como se na educação se aplicassem serviços minímos. E como se os professores, vocês, não pudessem fazer greve, outro direito adquirido. Como se vocês, imaginem o absurdo, não pudessem escolher livremente os dias em que pretendem fazer greve, mais um direito adquirido. E a atitude do Governo, coagindo os professores, como também ouvi no tal fórum da TSF, é mais do que ilegal, é fascista. Por azar, e infeliz coincidência, os alunos não têm direitos adquiridos, mas sim o dever adquirido de realizar exames. E como os Professores têm o direito adqurido de fazer greve e o direito adquirido de a fazer em qualquer altura, os alunos terão que cumprir os seus deveres adquiridos noutra altura, porque, neste caso, as datas de exercício de direitos adquiridos e deveres adquiridos coincidiram. E, por isso, os pais desses alunos, face ao direito adquirido dos professores fazerem greve e ao direito adquirido de o fazerem em qualquer altura, e ao facto de os seus filhos terem o dever adquirido de fazer exames, terão de exercer o direito adquirido de gozar férias mais tarde.
Eu tenho um direito adquirido, e que vou exercer de seguida, a que se costuma chamar liberdade de expressão. Aqui vai: Senhores Professores e Senhoras Professoras que fizeram greve nesta altura e respectivos representantes dos sindicatos, vão BADAMERDA.

NG

Wellcome back Mr. Al Vez

Escreve mais umas coisa, pá! Queremos conhecer o que vai na cabeça e no coração de um adepto do clube da cruz da Cristo.

NG

"Quitting smoking would bring you misery, shortening your life." ...

De entre as muitas pérolas que o artigo do Canadiano Globe and Mail apresenta neste artigo sobre a indústria tabaqueira chinesa - o maior mercado de tabaco é... o chinês com 360 milhões de fumadores - não resisto a reproduzir algumas. Have a cigarrete?

"Cigarettes are an excellent way to prevent ulcers."
"They reduce the risk of Parkinson's disease, relieve schizophrenia, boost your brain cells, speed up your thinking, improve your reactions and increase your working efficiency."
"Smoking removes your troubles and worries"
"Holding a cigarette is like having a walking stick in your hand, giving you support."

O número de fumadores na China cresce à razão de 3milhões/ano e o número de doenças directamente relacionadas com o fumo é de 1.3 milhões, também por ano.

Braga no New York Times

Elogios e mais elogios numa apresentação em flash daquilo a que chamam "When the Stadium Makes a Statement" - Most sports stadiums are hard to love, but they can be an instant window into a culture's values.
O Estádio Municipal de Braga está lá e é o único estádio português. Poder-se-ía discutir agora se "outros" estádio não deveriam constar também deste Slide Show, mas pronto, damos a benesse do quão discutível ser o gosto.

segunda-feira, junho 20, 2005

Carolina Fetish

Sou capaz de ficar minutos infinitos a olhar para os pés da minha filha, para as mãos da minha filha, para os olhos. É tudo tão pequenino. Tão perfeito. Às vezes sento-me no chão do quarto dela enquanto brinca só a observar. Acho que é a melhor vista da minha vida.

domingo, junho 19, 2005

Segurança nas praias

Parece que só agora com a história do arrastão é que as praias portuguesas não são seguras. Balelas. As praias portuguesas não são seguras há muito tempo, com inúmeros riscos. Se não, vejamos:
Quem nunca levou com uma bola na tola, enquanto dormitava na toalha?
Quem nunca pensou em ligar para o Charlton Heston, aderir à NRA, comprar uma metralhadora e dizimar toda a gajada que passa o dia a jogar raquetes, ensandecendo-nos com o contínuo "toc-toc-toc-toc"?
Quem nunca levou com um cão em cima, e as correspondentes arranhadelas e potenciais mijadelas?
Quem nunca esteve à beira de um enfarte, quando é acordado brutalmente com gritos como "Boliiiiinhhhhhaaaaaaa!" ou "Guillaume, pôe o chapeau na cabeçaaaaa!"
Quem nunca temeu uma explosão, quando vê quarentões a susterem a respiração para esconderem a barriga?

Arrastões? São coisas de meninos.

NG

Brisa de verão

O que mais gosto do Verão é a brisa. Tem uma temperatura exactamente entre o morno e o fresquinho. E tem uma intensidade que nos faz festas no rosto, empurrando-nos gentilmente o cabelo para trás.

Um dos melhores spots de brisa de verão era na varanda do Seagull, na Arrábida, que ardeu há uns anos. Já que não vão reconstruir a discoteca, que tal só a varanda?

NG

sábado, junho 18, 2005

Mau, mau

Sou optimista. Sou racional e objectivo. As reuniões que lidero raramente duram mais de meia-hora. Gosto de sair cedo. Sou caseiro, prefiro jantar em casa do que fora. Não gosto de estar com muita gente, prefiro um grupo reduzido e bem seleccionado. Não preciso de morar encostado à família. Não sou louro, mas nasci louro. Tenho olhos azuis. Suporto muito mal o calor.

Assim à primeira vista, não pareço muito latino, pois não? Acho que vou ter uma conversa séria com a minha mãe.

NG

Português da treta

Há um mês estive em Amesterdão e, com o calor, cafés e restaurantes colocavam o máximo de mesas possível na rua. Normal, penso eu, é muito mais agradável, em dias de calor, comer na rua.

Ontem, no final do concerto da Adriana no Coliseu, houve alguma confusão à saída porque os restaurantes tinham mesas no passeio. Um tipo atrás de mim estava furioso por ter que andar um pouco mais devagar e demorar prá aí mais uns dois minutos a passar aquela zona. "Só neste país de treta" dizia o gajo com voz raivosa. Era um típico português da treta que diz mal de tudo e de todos. "Só neste país"? Não, só com estes portugueses.

NG

Exigência Zero

A minha filha faz "brrrrrrrr" e eu parto-me a rir. Quando leva com vento na cara, fecha os olhos e sorri, eu escangalho-me a rir. Quando "diz" não, abanando muito depressa a cabeça, eu desmacho-me a rir.

No que diz respeito ao humor, não se pode dizer que seja um pai muito exigente.

NG

quarta-feira, junho 15, 2005

A Magia do Defeso

Mágico é o defeso. O seu poder ultrapassa razão, coração, alma e raça. Durante um mês, o benfiquismo invade-nos o espírito e alimenta-nos a bandeira. Durante um mês, somos os melhores do mundo. Somos capazes de ganhar campeonatos, taças, ligas dos campeões e o que mais houver. Durante um mês, essa equipa do caraças é uma quase-realidade-mais-que-sonho-capaz-de-tudo. E é tão bom.

Defeso

Gosto muito do defeso. É a unica altura em que compro jornais desportivos, para saber que todos os jogadores do mundo podem ingressar no Benfica. Neste momento, Hugo Viana, o novo Ronaldinho - não me lembro do nome dele- , Zeman e um goleador de "créditos firmados" (adoro esta expressão) estão a um pequeno passo do Benfica. Depois, lá chegarão os Paulo Almeidas, Evertons e Delibasics do costume. Mas isso não interessa nada. O que interessa é que, durante um mês por ano, nós temos uma equipa do caraças!

NG

Palavrões

Vá Camarada, então que é isso?

Vá lá camarada, coragem. Então o que é isso de não ir à pedicure? Não faz mal, até faz bem. Deixe lá teimosia de lado e não queira ser coerente com o mau trato das unhas dos pés. Os PIDES é que faziam isso à gente – arrancavam-nas com um alicate; à força. O que é que lhe há-de custar a si ir lá dar umas limadelas. Ainda se fosse para limar as grades de uma cela, ainda se percebia a falta de vontade, agora a unhaca… vá camarada, amigo. Força. Coragem.

terça-feira, junho 14, 2005

Coerência

Desde pequeno que acho que arranjar os pés não é coisa para homem. E não vou mudar de opinião até morrer. Estupidez? Não, coerência. E só espero que, como com outros, me louvem a dita cuja da coerência quando eu entregar a alma ao criador. E já agora, vou entregar a alma porque o criador não deve querer um corpo com uns pés que vão estar uma lástima.

NG

GPS Mimo

Não sei se têm esta percepção, mas eu acho que 90% dos utilizadores de telemóveis (nas mulheres o peso sobe para 100%) a primeira pergunta que se faz quando se liga para alguém é: "Onde é que estás?".

Sugiro a todas essas pessoas que comprem um GPS e uma caixa de tracers, tracers esses que devem oferecer a todos os destinatários habituais das vossas chamadas.

Vão poupar um dinheirão porque só terão que ligar quando tiverem realmente alguma coisa para dizer.

NG

Grande serão

Estive a ver a minha filha adormecer, enquanto lhe fazia festinhas na cara. Deu-me um gozo enorme. E foi de borla.

NG

Deixem-nos trabalhar

Estive hoje em Faro. Amanhã Lisboa, depois Porto. Próxima segunda-feira Leiria, sigo para Coimbra e até quarta-feira ainda passo por Paredes e Aveiro. É gratificante dar formação e ver que por todo o país há gente inteligente, bem preparada e com ganas de fazer. São quase todos da minha geração - trintinhas e trintões - e só espero que aguentemos este espírito até chegarmos ao poder. Acho que conseguiremos mudar isto. Não, não estou a falar de política. Estou mesmo a falar do país real, das empresas, do sector privado, onde se cria riqueza, empregos e desenvolvimento. É aqui que se tem que lutar. Os políticos só têm que nos tirar o estado da frente e deixar-nos trabalhar.

NG

sexta-feira, junho 10, 2005

Choque Tecnológico à espera de boleia

quarta-feira, junho 08, 2005

"Só" Marketing

Tento não me irritar com coisas irrelevantes, o que vou conseguindo. Mas se há coisa que não deixa de me irritar, é descreverem politicos populistas e sem substância como sendo "só" Marketing.
Esta expressão é duplamente depreciativa: o "só", como se o Marketing fosse "pouco", e a utilização do Marketing como uma espécie de ciência da intrujice.
Recorrendo, para simplificar, aos velhinhos 4 Pês (Product, Price, Place, Promotion), é fácil de verificar que o Marketing é "só" ter um bom produto, com um preço adequado, distribuido através de canais apropriados e promovido de uma forma eficaz.
Adaptando à política, teríamos políticos com bons projectos, bem quantificados, com uma implementação bem planeada e calendarizada e divulgada de forma transparente.

Quem nos dera que os políticos fossem "só" Marketing.

NG

terça-feira, junho 07, 2005

E eu ontem vi o Elvis Presley em Carcavelos

O caso Campos e Cunha - Disparate Completo

A não perder, no Mão Invisível.

NG

Entrevista exclusiva com Freitas do Amaral

- Senhor Ministro, tendo em conta os desenvolvimentos recentes o referendo sobre a Constituição Europeia vai-se realizar em Outubro?
- A posição do Governo é clara: vamos ter referendo em Outubro. No entanto, a minha inclinação pessoal seria concluir que este tratado não é viável e que devíamos começar a trabalhar noutro.
- E como comenta as medidas de redução do défice?
- O Governo assumiu uma postura muito corajosa e medidas muito concretas. No entanto, a minha inclinação pessoal leva-me a dizer que o aumento do IVA é um erro e que a maior parte das restantes medidas são demagógicas e sem impacto relevante.
- Como classifica o trabalho até agora realizado pelo Primeiro Ministro?
- O Governo está unido em torno do seu líder, de forma inequívoca. No entanto, a minha inclinação pessoal leva-me a dizer que ele não está preparado para esta função, sendo fraquinho em quase todas as áreas.

NG

Digo que és enfadonho para não dizer que és estúpido.

“Há aqui uns bastardos da comunicação social do continente - digo bastardos para não dizer filhos da puta - que aproveitaram este ensejo para desabafar o ódio sobre a minha pessoa”

Alberto João Jardim


Nota:estúpido
adjectivo
1. que não tem inteligência suficiente ou delicadeza de sentimentos;
2. grosseiro; bruto; muito desagradável;
3. enfadonho;

substantivo masculino
indivíduo pouco inteligente ou grosseiro;
(Do lat. stupìdu-, «id.»)


segunda-feira, junho 06, 2005

Ser cronista - Estilo Eduardo Prado Coelho

Escreva sempre na primeira pessoa do plural. "Nós" dá a ideia que nunca estamos sozinhos, mesmo se tivermos uma barriga que nasce logo abaixo do nariz e termina muito perto das canelas. O "nós" dá também mais força aquilo que escrevemos: não sou eu que sou desta opinião, somos "nós", que somos vários, que somos muitos.
Cite muito. Mas não cite, como o Sócrates ou o RAP, aqueles que toda a gente conhece. Cite autores e obras lidas apenas pelo seu autor e por "nós" próprios. De preferência francófonos, tipo: "Je me ne me de la mer ouvrir pishiologie" de Jean-Fran Morteille. Assim, podemos citar de memória ou mesmo inventar citações que nos dêem jeito, sem correr o risco de sermos desmentidos.
Não se iniba de abordar qualquer tema. Aliás, aborde mesmo todos os temas. Se não souber nada sobre determinado tema, compre um livro sobre o mesmo e cite. Mas não se esqueça da regra anterior.
Muito de vez em quando seja atrevido. Ou melhor, atrevidote. Não escreva "vi uma bébé loura, com umas grandes trancas". Escreva antes "ela, louramente luminosa, passava por nós, com passadas largas mas vibrantes".

Fácil, não é? Siga estas regras e depois do verão receberá uma chamada do José Manuel Fernandes.

NG

Ser cronista

Ser cronista é fácil. Eu próprio só não sou cronista porque não quero, assim como Paulo Coelho não escreve como Joyce porque não quer. Vou-vos demonstrar em próximos posts esta evidência.

NG

Guterres e Angelina Jolie juntos

Angie é uma das embaixatrizes da UNHCR. Guterres é o Alto-Comissário da UNHCR. É, por isso, bem possível que qualquer dia se cruzem. E que se cumprimentem. Com um beijo.

Esta visão é tão insuportável para vocês como é para mim?

RUN, ANGIE, RUN!

NG

E eu digo fragilidade para não ter que dizer paneleirice

A educação sexual fez-nos alguma falta? - Parte 2

Ao contrário de NG, não fui acometido de tantas faltas na minha infância/juventude. Isto porque papai e mamãe tinham uma Enciclopédia da Educação Sexual dividida em vários volumes apropriados a cada fase do meu crescimento - entenda-se, dos 6 aos 8 anos, doa 8 aos 10, e assim sucessivamente até ao volume MÁGICO "A Idade Adulta". E a verdade é que às escondidas, lá fui vendo uma imagem aqui e outra ali da posição de missionário, da penetração "por trás", de masturbação masculina e feminina. Mulheres e homens com muito pelo na zona "furibunda" que se embrulhavam e se divertiam. Acima de tudo, o que estes livros me fizeram foi dessacralizar o tabú. Não me fez mal. Fez-me isso sim temer a minha primeira vez. Porque essas imagens mostravam tal firmeza no acto e tamanho à vontade que a responsabilidade e o medo de não conseguir "fazer" me foram adiando a experiência. Informação a mais? Não me parece. Aliás, a informação não peca por excesso nestes casos. Agora por defeito, mais do que pecar, pode fazer incorrer os mais incautos em erros tremendos que se podem pagar caro.

domingo, junho 05, 2005

A educação sexual fez-nos alguma falta?

A propósito da polémica sobre um tal programa de educação sexual noticiado no Expresso (e de que já falei aqui), uma amiga minha, que está contra a educação sexual (pelo menos) como disciplina obrigatória, perguntou-me se a ausência dessa disciplina me fez alguma falta.
Será que fez? Bom, eu descobri aos 10 anos que a vagina não se localizava logo abaixo do umbigo (terão que concordar comigo que daria muito mais jeito para o sexo em pé). Uns tempos mais tarde, mandei um míudo - que me tinha empurrado - fazer um broche à mãe dele (o facto de a senhora ter buço poderá ter contribuido para esta confusão). Na falta de livros científicos a malta da minha geração serviu-se da Gina, o que me fez constatar que, basicamente, todas as míudas eram umas frígidas, comparadas com as "senhoras" que povoavam essa fantástica revista. Também vivi sobre o aviso de que a masturbação poderia cegar. Dado que, hoje em dia, nem óculos utilizo, posso assegurar que este aviso era manifestamente falso.

Com educação sexual não teria estas histórias para contar, é verdade. Mas trocava-as por um bocadinho mais de informação. Acho que teria tido uma adolescência mais descansada.

NG

Próximos lançamentos de Rui Fialho

Rui Fialho, o famoso autor de "O homem que trincou o gato", tem já inúmeros e inovadores novos títulos na forja. Vamos levantar um pouco o véu:

Os faias;
O código de Dali;
A senhora dos colares;
Assassínio e punição;
A operativa;
O Conde de Monte Estoril.

Todos eles vindos directamente da imaginação deste grande autor, tão fértil como um terreno carregadinho de bosta de vaca.

NG

p.s. para mais informações sobre este "autor", clicar aqui.

Pois se está tudo tão bonito...

sexta-feira, junho 03, 2005

Dias Mundiais

A (nova) Direcção do CDS/PP teve a luminosa ideia de propôr o Dia Mundial da Criança por Nascer.
Mas não se deviam ficar por aí, caros Centristas Democráticos Sociais e Populares. Que tal mais estes Dias Mundiais, destinados também à protecção sagrada da vida:

Dia Mundial dos feios que ainda hão-de arranjar uma mulher com quem casar e procriar;
Dia Mundial do método das temperaturas;
Dia Mundial contra as dores de cabeça;
Dia Mundial do serão sem televisão;
Dia Mundial contra o estímulo manual de qualquer outra coisa que não seja o terço;
Dia Mundial contra a imundíce ou Dia Mundial contra a homossexualidade (o que vai dar no mesmo);
Dia Mundial do queres abortar vai a Espanha, como toda a gente de bem.

Se quiserem simplificar, basta concentrar todos os temas num só e criar o Dia Mundial João César das Neves.

NG

quinta-feira, junho 02, 2005

A Caminho do Título (Final)

O Gaguinho e eu arrancámos de Lisboa às 11,30, rumo ao Bessa. Pelo caminho, dezenas de carros com cachecois gloriosos presos aos carros. Trocávamos buzinadelas quando nos avistavamos, antevendo a festa. Já no Porto, enquanto passavamos junto ao Estádio do Dragão, deixámos de ver carros visivelmente benfiquistas. Um fresquinho chegou-nos à barriga e eu concentrei-me em encontrar a saída certa, não fosse dar de caras com um ajuntamento dos Super Dragões. Tudo correu bem e às 14,30 estavamos na Av. da Boavista junto aos nossos. E os nossos gritavam "Olé, olé, e esta merda é toda nossa, olé". E era. É surpreendente a quantidade enorme de benfiquistas no Norte e especificamente no Porto. Um deles meteu conversa, e entre os "caralho" e "foda-se" com que compunha o que dizia, ia-nos explicando a dificuldade de ser benfiquista no Porto. Mas a paixão sobrepunha-se a tudo. Contou-nos que foi junior do Boavista, chegando a jogar com Pedro Emanuel, Nuno Gomes e Petit (estes dois mais novos) e que, apesar disso, quando o Benfica jogava no Bessa, ele via os jogos equipado a rigor, ou seja, à Benfica. Uma vez, uns sócios que o reconheceram como atleta da casa, quase que o trucidaram. Ele disse que ser benfiquista não se explica, enquanto corria com o filho de 7 anos ao colo, para tentar ver o autocarro do Benfica a chegar. Quanto ao jogo, já sabem: empatámos, fomos campeões, foi um gozo enorme ser campeão no Porto e não fui ao Estádio da Luz, nem ao Aeroporto, nem ao Marquês. Seis horas de carro num dia, com muitos saltos e gritos, arrasam um trintão. E, por muito ridiculo que pareça, só faria isso noutra situação, se isso envolvesse a doença grave de alguém próximo. Ser benfiquista, realmente, não se explica.

NG

p.s. os restantes capítulos deste "Caminho" estão aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

Boys, boys, boys *

"O Ministério da Saúde decidiu "limpar" nove administrações dos 31 hospitais SA (que serão convertidos em Entidades Públicas Empresariais) e foi buscar vários nomes que ocupavam cargos durante o anterior governo socialista, incluindo ex-secretários de Estado. A estas somam-se mais três nomeações nos hospitais do sector público administrativo."

NG

* este post pretende prestar uma singela homenagem a essa grande artista da Europop dos anos 80, que dava pelo nome (se a memória não me falha) de Sabrina. Sabrina tinha grandes qualidades (duas e mesmo muito grandes, para ser mais exacto).

Combate à pobreza de espírito

A malta da extrema-esquerda, comunistas, bloquistas e derivados, não gosta do lucro. Como se pode ler no blogue "oficial" dessa malta, " O país está em crise... já todos o sabem. Mas o mesmo não parece acontecer com as grandes empresas nacionais. Os lucros das empresas do PSI-20 cresceram 33 por cento no primeiro trimestre deste ano".

Isto é gravíssimo! Se o país está em crise, as empresas nacionais têm obrigação de também estar em crise.

Depois, ainda acrescentam "No contexto actual, será que as empresas devem apenas preocuparem-se com a maximização dos lucros? Ou procurarem partilhá-los com o resto da sociedade através de actividades (...) como a luta contra a pobreza?"

Acho bem. É óbvio que todos nós, como investidores ou aforradores, estamos perfeitamente disponíveis para ter rendibilidade zero nas acções ou fundos de investimento em que colocarmos o nosso dinheiro, desde que as respectivas empresas combatam a pobreza. Até porque os impostos não servem para isso. Servem antes para a função social de viabilizar empresas públicas e os respectivos empregos, para gente altamente despreocupada com a maximização de lucros, e por isso socialmente válida, como o Fernando Gomes.

Eu, confesso, estaria disposto a investir dinheiro em empresas que combatessem a pobreza de espírito desta malta.

NG