segunda-feira, junho 27, 2005

As "nossas" expressões

As "nossas" expressões foram supostamente criadas por nós. Há muita gente que, antes de adiantar expressões próprias, começa pelo irritante "Como eu costumo dizer...". Trabalhei com um tipo que passava o tempo a dizer banalidades, sem deixar de as antecipar pelo irritante "Como eu costumo dizer...": "Como eu costumo dizer, devagar se vai ao longe"; "Como eu costumo dizer, tempo é dinheiro".
Tirando a dita expressão irritante, também eu fui confrontado com uma banalidade. Há uns anos, uns jogos de poker no Algarve levaram-me a (julgar) criar a expressão "cara de poker", aplicada a uma amiga, que, não por acaso, é mulher do Gaguinho.

Era uma expressão "minha". Até que, há momentos atrás, vi este post. Logo perguntei onde é que a autora tinha encontrado a "minha" expressão. Resposta humilhante, embora apresentada de forma bastante simpática:"cara de poker, poker face, pelo menos todos os romances policiais escritos desde 1900 têm uma vez essa expressão. :DDD(há sempre um detective que olha para os suspeitos com a sua 'poker face')".
Aprendida a lição? Claro que não! Estou, neste momento, a estudar as hipóteses das expressões "cara de sueca" e "cara de cueca" (sugestão recolhida no blogue do "poker face").

Cara de cueca tem potencialidades... lembro-me de várias personalidades a quem esta "minha" expressão se aplicaria que nem uma luva, ou melhor, que nem uma cueca. Uma delas poderia bem ser o senhor que referi no post anterior. Não acham que tem mesmo cara de cueca?

NG