Amo-te muito.
Faz hoje dois anos que mandámos os postais. Faz hoje 2 anos que a surpresa de todos iniciava o seu caminho. Faz hoje 2 anos que casámos sem ninguém saber. E ninguém é ninguém mesmo. Marcámos, fomos lá – sem padrinhos nem alianças - e dissemos: sim, de minha livre vontade. Ninguém nos obrigou; nada nos obrigou. Fizemos porque quisemos e hoje voltaríamos a fazê-lo. Mandámos um postal a dizer que já tinha sido – ao invés dos tradicionais “vai ser”. E faz amanhã 2 anos que embarcámos para Nova Iorque para uns dias férias numa “lua de mel” às escondidas.
O dia começou algo violento, mas assim que agarrei a minha filha e a deitei “só um bocadinho” comigo na cama tudo se pintou de azul luminoso outra vez. O dia que amanheceu violento teve só um mau princípio. Coisas do acaso.
E para que conste: Amo-te muito. Mais do que há 2 anos. E sou muito feliz contigo e com a filha. E fazia tudo outra vez. E tu também. Talvez não começasses o dia a mandar com a cabeça na parede, mas tudo o resto sei que fazias.