sábado, julho 29, 2006
quinta-feira, julho 27, 2006
Lembras-te?
Nunca mais lá escrevemos. Creio que não por falta de tempo ou de vontade. Aquele 4 de Julho foi o tiro de partida para uma corrida louca, que nos fez saltar, cair, festejar,sofrer,rir e chorar.E tanta coisa nos aconteceu, tão intensa, que as palavras não chegam ou simplesmente não nos chegaram.
O caderno de capa areada e folhas de papel vegetal está lá, esperando, paciente, mantendo guardados meia dúzia de escritos que lá deixámos, dos quais não recordo o assunto. Minto, lembro-me do primeiro. É um poema, que te deixo aqui, porque me lembrei dele e apeteceu-me lembrar-te dele:
You worry that i will leave you.
I will not leave you.
Only strangers travel.
Owning everything,
i have nowhere to go.
Leonard Cohen
Lembras-te?
NG
sexta-feira, julho 21, 2006
Rei
terça-feira, julho 18, 2006
Ela disse
quarta-feira, julho 12, 2006
terça-feira, julho 11, 2006
Realidade
Ah, doce e bela realidade!
NG
sábado, julho 08, 2006
Adeus geração de ouro. E obrigado.
Obrigado a todos. Mesmo ao FDP.
NG
quarta-feira, julho 05, 2006
Portugal no Mundial - Notas
Ricardo: 19. Não só pelos penalties, mas por ter sido sempre seguro, inclusive nos cruzamentos. Esperemos que no Sporting volte ao normal.
Miguel: 17. Um dos melhores laterais do torneio, impecável a defender, lesto a atacar. Pena é que ainda não tenha aprendido a cruzar.
Meira: 17. Começo algo titubeante durante a fase inicial. Depois disso, quase perfeito.
Ricardo Carvalho: 19. Com Fabio Cannavaro, o melhor central do mundo. Ponto final, parágrafo.
Nuno Valente: 14. Já não tem pernas para atacar nem para defender adversários muito rápidos. Mas a sua experiência dá para disfarçar essas limitações.
Costinha: 8. Nota negativa, não apenas pelo erro infantil frente à Holanda, mas por não ter correspondido em nenhum jogo. Sem fôlego para a sua posição natural, por falta de ritmo de jogo ou de juventude, mostrou-se desenquadrado.
Petit: 12. Mostrou todas as suas qualidades - voluntarismo, esforço, garra - e os seus defeitos - falta de sentido posicional, pouca técnica. Mas sempre útil.
Maniche: 19. O jogador mais regular em todo o torneio, recuperando bolas, distribuindo jogo, rematando, marcando golos. Uma aposta claramente ganha por Scolari, naquele que merece consagração como um dos melhores médios do torneio.
Deco: 11. Apenas leva nota positiva por ter marcado um grande golo. De resto, tal como o seu companheiro do Barcelona, falhou. E falhou principalmente no jogo em que ele deveria desiquilibrar: o desta noite. Não procurou a bola, não forçou o drible, passou ao lado do torneio.
Figo: 15. Um exemplo de dedicação e esforço. Já não tem pernas para extremo, apesar de se ter apresentado em muito melhor forma fisica do que no Euro 2004. Pena aquele falhanço contra a França que provavelmente nos levaria à final. Ele, mais do que qualquer outro, merecia-a.
Simão: 14. Entrou sempre muito bem e marcou penalties com a serenidade de um grande jogador. Já deve estar vendido por umas boas massas. Só por isso, leva mais um valor e passa a 15.
Hugo Viana: 12. Poucos minutos mas de muita qualidade. Certeza de passe, remate fácil, por mim pode vir para o Glorioso.
Tiago: 9. Depois da época em Lyon, esperava o dobro dele. Ficou-se pelos serviços mínimos, talvez por falta de condição fisica ou de confiança. Sem Deco, precisávamos de um Tiago ao seu nível. Não o tivemos.
Hélder Postiga: 3. O 3 deve-se ao penaltie contra a Inglaterra, marcado com classe (ou irresponsabilidade, mas o efeito é o mesmo). É um claro erro de casting, não só para esta competição, mas para o futebol. Como ponta-de-lança, e mais do que inútil: atrapalha, destroi o jogo da nossa equipa e a nossa paciência.
Paulo Ferreira e Boa Morte: não deu para aquecer.
Nuno Gomes: 16 (potencial). Aqueles minutinhos com o México foram suficientes para mostrar o que poderia ser a equipa portuguesa com um avançado que sabe receber uma bola, guardá-la, distribui-la, enquanto faz os centrais mexer-se. Com ele, Portugal poderia ter jogado em 4-3-3. Sem ele, jogámos sempre em 4-5-1. Ser 3ª hipótese, ainda atrás de Postiga, é humilhante. Mais vale fazerem como fizeram ao Baia e nem sequer o convocar.
NG
O que devemos a Scolari
Scolari conseguiu criar uma equipa unida, sem vedetas, segura e combativa, capaz de se superar fisicamente.
2. Não chegar à final
Balanço: É óbvio que ver Portugal perder pela terceira vez uma meia-final (na primeira, em 66, não era nascido) e ainda por cima com a França, dá-me vontade de agarrar num lança-chamas e queimar tudo o que soe à terra do pãozinho com sovacâme (Gerentes do Carrefour, ponham-se a pau!). Mas servindo-me do bocadinho muito pequenino de racionalidade que tenho neste momento, o balanço é muito positivo.
Agora, caro povão português super-endividado, o cobrador do fraque, como disse Toni, está de volta. É tempo de voltar a assentar os pés em terra.
NG
p.s. Gabi, se ainda "aí" estiveres, parte umas montras por mim.
Portugal-França - 1ª parte
O Deco tem que entrar no jogo;
O Pauleta tem que sair do jogo;
Vamos ganhar 3-1.
NG
domingo, julho 02, 2006
Como vamos ganhar à França
God damn Eriksson
God damn Eriksson!
NG
O Sr. Scolari e a Inglaterra
NG
Dos fracos não reza a história
O futebol é uma guerra. À antiga. São exércitos de 11 contra 11, armados apenas com sapatos com pitons, dirigidos por Generais aos gritos, debaixo dos olhos de multidões ululantes. É por isso que o futebol arrasta milhares de milhões. Ninguém perderia anos de vida e muito dinheiro apenas para ver uns belos dribles, uns passes mágicos ou uns golos fantásticos. São batalhas o que queremos ver. São batalhas os jogos de futebol.
Como na guerra, o futebol tem os seus heróis e os seus fracos. Heróis não são apenas os que ganham, são, essencialmente, os que fazem tudo para ganhar. Eusébio é um herói. Foi ele que, quase sozinho, venceu a batalha contra a Coreia do Norte. Foi ele que tentou tudo contra a Inglaterra, debaixo do assalto de Stiles, e se despediu com lágrimas. Maradona foi tanto herói em 86 ganhando, como em 90 perdendo. Em 90 arrastou uma equipa mediocre pelos campos de batalha italianos, defrontando exércitos mais poderosos. Era inumano conseguir ganhar aos alemães. Mas ele tentou, até ao limite das suas forças. E despediu-se dessa batalha como um herói: chorando de raiva.
O Brasil que ontem perdeu com a França não teve heróis. Ronaldinho, o técnicamente melhor jogador do mundo, quando mais o seu exército precisava dele, escondeu-se, fugiu. Na lógica simplista, mas apaixonante, do futebol, Ronaldinho foi um fraco. E dos fracos não reza a história.
NG