quarta-feira, julho 05, 2006

O que devemos a Scolari

1. Chegar às meias-finais

Scolari conseguiu criar uma equipa unida, sem vedetas, segura e combativa, capaz de se superar fisicamente.

2. Não chegar à final

Perante uma equipa que é uma versão reumática das equipas de 84 e principalmente de 2000 (leia-se: acessível), Scolari mostrou-se, mais uma vez, incapaz de mudar a equipa tacticamente. Para além disso, afogou aquele que estava a ser o único elemento desiquilibrador (Ronaldo) no meio das torres francesas, deixou em campo Figo, que esteve à beira de um colapso fisico, e insistiu numa nulidade chamada Postiga (e não, não vou voltar a falar de Pauleta).

Balanço: É óbvio que ver Portugal perder pela terceira vez uma meia-final (na primeira, em 66, não era nascido) e ainda por cima com a França, dá-me vontade de agarrar num lança-chamas e queimar tudo o que soe à terra do pãozinho com sovacâme (Gerentes do Carrefour, ponham-se a pau!). Mas servindo-me do bocadinho muito pequenino de racionalidade que tenho neste momento, o balanço é muito positivo.

Agora, caro povão português super-endividado, o cobrador do fraque, como disse Toni, está de volta. É tempo de voltar a assentar os pés em terra.

NG

p.s. Gabi, se ainda "aí" estiveres, parte umas montras por mim.