terça-feira, novembro 22, 2005

Ser mulher é realmente lixado

Ando, nestes últimos dias, a ter que tratar da minha filha sozinho, como aliás já aqui referi. E não é bem sozinho, dado que avós, tios, primas e cunhados têm dado uma ajuda preciosa. Mas cansa, isto realmente cansa. Pensar que tenho tido uns dias como milhões de mulheres têm durante décadas, aquelas que têm emprego, têm que levar e trazer filhos da escola, lavá-los, dar-lhes de comer, vesti-los, e que têm ainda que tratar da casa, comida, roupa e por aí fora, faz-me ficar muito, muito caladinho, e lembra-me um artigo da Maria Filomena Mónica que andou por aí a circular.
De facto, ser mulher é realmente lixado. Revoltem-se, catano!

NG

4 Comments:

Blogger Elora said...

Não sei como é que te hei-de dizer isto. Há uma razão para não nos revoltarmos e irmos fazendo as coisas, mesmo de rastos: existe uma ligação física entre nós e as nossas crias. Está relacionado com o desiquilibrio hormonal durante a gravidez e o parto e torna-nos capaz de matar para as defender. Quem ama assim é facilmente super-mãe.
Claro que é mais agradavel ser super-mãe se houver ajuda, especialmente se houver quem, à noite, também nos mime. E essa, meu caro, é a vossa função, porque o centro do universo são as nossas crias e tudo o resto é acessório.

9:45 da tarde  
Blogger cá-cá (Portugal) said...

Sim Elora concordo... Só o meu pirralho me faz acordar a meio da noite, levantar do sofá a meio de um filme, etc... coisas que nunca pensámos fazer pelos outros fazemos com a maior naturalidade com as crias!! Qto ás coisas da casa... vale a pena qdo vemos que quem está ao nosso lado merece e reconhece!! E ajuda, CLARO!! Bjs!! E pensa que não és o único, ás vezes lá em casa tb temos que inverter os papeis...

11:43 da manhã  
Blogger sandra said...

Bom dia,

Concordo plenamente com a Elora e a baunilha..e confesso que, apesar de andar com olheiras (resultado de ser mãe de um adolescente e outro pequeno de 26 meses), adoro esta minha condição, de ser mulher..
E ainda bem que há quem saiba reconhecer o nosso esforço, o que normalmente só acontece em casos de ausência forçada e involuntária da nossa parte.

Cumprimentos
Sandra
PS: Posso linkar este cantinho ao meu blog??

9:41 da manhã  
Blogger RMB said...

Sandra: claro que podes - a gerência agradece.
Quanto ao post do meu caro NG, sei bem do que é que ele está a falar. Pelo facto de trabalhar alguns fins de semana acabo por ter folgas durante a semana e esses dias, são inteiramente dedicados à minha pirralhinha. Mas cansa. É melhor que bom, mas realmente cansa. E a verdade é que nessas alturas penso na minha sogra - que fica com ela todos os dias - e numa amiga minha que é "mãe solteira".
Eu sou um pai que ajuda e partilha os "trabalhos de casa" e tenho plena consciência de, pelo facto de dar banho, vestir, mudar fraldas e toda a outra parte que é a melhor - brincadeira, brincadeira e mais brincadeira - consigo aliviar a princesa grande. Aliás, se isto tudo não fosse partilhado não tinha piada nenhuma. Eu "curto" muito aminha filha e "curto" muito a minha mulher. Curtimo-nos muito os três. Citando a pequenina: "papá, mãeeee, bebé, papá, mãeeee, bebé, papá, mãeeee, bebé..."

11:12 da manhã  

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