A Banca Social
Os lucros escandalosos da banca em Portugal são mesmo, mesmo, escandalosos. A banca explora-nos através da cobrança de comissões pelos serviços que presta (um absurdo, onde é já se viu uma empresa cobrar pelos serviços que presta?), e da cobrança de juros referentes aos empréstimos que concedem (um escândalo, ainda para mais com spreads superiores a zero!).
É tempo de os banqueiros deixarem de explorar o povo português, passando a prestar todos os serviços gratuitamente, e a praticar spread zero nos financiamentos. Assim, os lucros acabavam e toda a gente ficaria feliz. Toda? Bom, nem toda. Os accionistas não ficariam muito satisfeitos perante o cenário de retorno nulo do seu investimento. Se bem que no caso dos grandes accionistas, os detentores do grande capital, isto até seria um acto de justiça, temos, contudo, que pensar nos pequenos accionistas, que, enganados também aqui pela banca, investiram nessas acções grande parte das suas parcas economias.
Mas esta situação também se resolve facilmente, bastando ao Estado assumir a compra de todas as acções. E com a banca na posse do Estado, seria criada a Banca Social, que muito mais e melhor poderia fazer: financiamentos sem juros para investimentos de índole social (como habitação social, piscinas, estádios de futebol, fundações de prevenção da peste negra, entre outros), admissão de jovens licenciados no desemprego (dando prioridade aos cursos com menor índice de empregabilidade, como Literatura, Sociologia, História, Canto Gregoriano, etc.), entre outras fantásticas iniciativas, que a habitual inteligência criativa dos funcionários públicos faria nascer.
Eventualmente, a Banca Social, poderá, passado um tempo, apresentar uns prejuízos ligeiros. Mas a Banca Social não estará obcecada com deficites, pelo que com um ligeiro aumento de impostos (mas mesmo muito ligeiro, tipo passar o IVA para 23%), a nova Banca Social poderá prosseguir o seu caminho. É natural que os impostos, apesar de subirem muito ligeiramente, possam causar uma quebra, também ela muito, muito ligeira, no rendimento disponível dos portugueses. Mas com a Banca Social, rapidamente serão criadas linhas de financiamento, obviamente sem juros, para suprir as necessidades dos portugueses desfavorecidos (que, para comprovarem a sua condição de forma rápida e moderna, terão que, obrigatoriamente, enviar os modelos 377, 590-A e o anexo R do impresso nº 1778/2007, da INCM, através da Internet, ligação ADSL SAPO ou Netcabo).
Com a Banca Social, teríamos um povo mais feliz, uma banca verdadeiramente ao serviço da população, e, como bónus, manteríamos os centros de decisão deste sector altamente estratégico em mãos nacionais.
Perante esta evidência, é difícil de perceber as opiniões de algumas alminhas. Devem ser, como é que se diz, neo-liberais, é isso.
NG
É tempo de os banqueiros deixarem de explorar o povo português, passando a prestar todos os serviços gratuitamente, e a praticar spread zero nos financiamentos. Assim, os lucros acabavam e toda a gente ficaria feliz. Toda? Bom, nem toda. Os accionistas não ficariam muito satisfeitos perante o cenário de retorno nulo do seu investimento. Se bem que no caso dos grandes accionistas, os detentores do grande capital, isto até seria um acto de justiça, temos, contudo, que pensar nos pequenos accionistas, que, enganados também aqui pela banca, investiram nessas acções grande parte das suas parcas economias.
Mas esta situação também se resolve facilmente, bastando ao Estado assumir a compra de todas as acções. E com a banca na posse do Estado, seria criada a Banca Social, que muito mais e melhor poderia fazer: financiamentos sem juros para investimentos de índole social (como habitação social, piscinas, estádios de futebol, fundações de prevenção da peste negra, entre outros), admissão de jovens licenciados no desemprego (dando prioridade aos cursos com menor índice de empregabilidade, como Literatura, Sociologia, História, Canto Gregoriano, etc.), entre outras fantásticas iniciativas, que a habitual inteligência criativa dos funcionários públicos faria nascer.
Eventualmente, a Banca Social, poderá, passado um tempo, apresentar uns prejuízos ligeiros. Mas a Banca Social não estará obcecada com deficites, pelo que com um ligeiro aumento de impostos (mas mesmo muito ligeiro, tipo passar o IVA para 23%), a nova Banca Social poderá prosseguir o seu caminho. É natural que os impostos, apesar de subirem muito ligeiramente, possam causar uma quebra, também ela muito, muito ligeira, no rendimento disponível dos portugueses. Mas com a Banca Social, rapidamente serão criadas linhas de financiamento, obviamente sem juros, para suprir as necessidades dos portugueses desfavorecidos (que, para comprovarem a sua condição de forma rápida e moderna, terão que, obrigatoriamente, enviar os modelos 377, 590-A e o anexo R do impresso nº 1778/2007, da INCM, através da Internet, ligação ADSL SAPO ou Netcabo).
Com a Banca Social, teríamos um povo mais feliz, uma banca verdadeiramente ao serviço da população, e, como bónus, manteríamos os centros de decisão deste sector altamente estratégico em mãos nacionais.
Perante esta evidência, é difícil de perceber as opiniões de algumas alminhas. Devem ser, como é que se diz, neo-liberais, é isso.
NG
2 Comments:
a questão não é, quanto a mim, o facto de o lucro dos bancos resultar do que cobram pelos seus serviços
a questão passará mais pelos benefícios fiscais atribuídos a esses mesmos bancos.
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