A oportunidade do CDS
Depois da eleição dos candidatos bandidos nas autárquicas, os dois candidatos Presidenciais que mereceram mais votos foram exactamente aqueles que se afirmaram como apartidários. Os partidos políticos estão, claramente, a perder crédito junto dos eleitores. Julgo que esse crescente descrédito se deve, em muito, à homonogeidade dos discursos partidários, que os diferentes tons já não disfarçam. Os programas de todos os Partidos, mesmo os do PSD e do CDS, estão enclausurados na jaula do Estado Social. As suas ideias, propostas, projectos, não se atrevem a sair daquelas grades.
Os próximos tempos não prometem grandes mudanças: o PC, mesmo com um líder simpático, é o PC. A suavização do discurso de Louçã, aproximando-se da ala esquerda do PS, centrará mais o Bloco, mas não será por isso (felizmente, já agora) que irá ganhar mais peso. No PSD, a ala populista – Menezes e Santana – e os cavaquistas – Ferreira Leite e Borges – não deixarão Marques Mendes descansar. Sócrates vai estar ocupado a governar, o fenómeno Alegre rapidamente cairá no esquecimento, e o PS assumirá a inércia típica de um partido que está no poder. Resta o CDS, que poderá seguir um de dois caminhos:
- continuar a ser um partido cuja única linha programática definida é a defesa da vida, e , de forma avulsa, apresentar propostas populistas que lhe façam render mais uns votos, ou
- liderar a discussão pública sobre a viabilidade do actual modelo social.
O primeiro caminho tem como destino a completa irrelevância. O segundo transformaria o CDS numa verdadeira alternativa. Sugiro ao Dr. Ribeiro Castro que dê uma vista de olhos, pelo menos, no Blasfémias, no Insurgente e no A Arte da Fuga. Encontrará matéria que o ajudará a escolher o melhor caminho. Mas não demore muito: a guerra interna do PSD e a governação à Cavaco do PS consubstanciam uma oportunidade rara.
NG
Os próximos tempos não prometem grandes mudanças: o PC, mesmo com um líder simpático, é o PC. A suavização do discurso de Louçã, aproximando-se da ala esquerda do PS, centrará mais o Bloco, mas não será por isso (felizmente, já agora) que irá ganhar mais peso. No PSD, a ala populista – Menezes e Santana – e os cavaquistas – Ferreira Leite e Borges – não deixarão Marques Mendes descansar. Sócrates vai estar ocupado a governar, o fenómeno Alegre rapidamente cairá no esquecimento, e o PS assumirá a inércia típica de um partido que está no poder. Resta o CDS, que poderá seguir um de dois caminhos:
- continuar a ser um partido cuja única linha programática definida é a defesa da vida, e , de forma avulsa, apresentar propostas populistas que lhe façam render mais uns votos, ou
- liderar a discussão pública sobre a viabilidade do actual modelo social.
O primeiro caminho tem como destino a completa irrelevância. O segundo transformaria o CDS numa verdadeira alternativa. Sugiro ao Dr. Ribeiro Castro que dê uma vista de olhos, pelo menos, no Blasfémias, no Insurgente e no A Arte da Fuga. Encontrará matéria que o ajudará a escolher o melhor caminho. Mas não demore muito: a guerra interna do PSD e a governação à Cavaco do PS consubstanciam uma oportunidade rara.
NG
5 Comments:
Lá tinha que vir o Che Guevara do [ai-dia]...
NG,
Obrigado pela referência ao O Insurgente. Partilho da tua opinião sobre a semelhança dos discursos e a necessidade do CDS-PP mudar. Se quiser sobreviver, claro...
ai está ele. já 'tou a ver o gajo a pegar na metralhadora e a f**** meia dúzia deles.
Não seja por isso, Gabi: já que referiste séries do antigamente, passas a ser o Sandokan, que também era um assassino mas, se bem me lembro, com justa causa.
O Gaguinho é o Calimero, porque passa a vida a chorar. Quanto a moi meme, vocês que digam, mas, assim de repente, e apesar da dieta forçada, Babar, ring a bell?
pessoalmente vejo a coisa negra, mas enfim...
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