quinta-feira, setembro 15, 2005

Autárquicas de Lisboa - análise assumidamente superficial e não sustentada das campanhas (final)

Carmona apostou na estratégia santana-lopes?-quem?-não-faço-ideia-quem-é-o-gajo. Começou por não renovar a aliança com o CDS (o que, tendo em conta a candidata escolhida, lhe vai custar votos preciosos), por dizer "nunca, obrigado" à participação do Santana na campanha, e por eliminar o PSD de todos os meios de promoção Não divulga propostas, que aparentemente não tem, nem fala na sua obra, porque maioritariamente não existe ou deu bronca. Limita-se a apresentar a sua cara. E a sua cara é a de um tipo normal. É cara de quem poderia ser almeida, peixeiro, talhante, engraxador, barbeiro, taxista... e por isso, e só por isso, desperta simpatia.
Contra um candidato que tem ar de quem teria horror de ser alguma dessas coisas, que desperta antipatia generalizada por quase todas as razões, a mera simpatia que Carmona desperta, poderá dar-lhe a vitória.

Se votasse em Lisboa, votava em quem? Maria José Nogueira Pinto. Tem real experiência de gestão, abordou a questão de Lisboa pela base - "o arrumar das contas" - e não aproveitaria o cargo para desfilar.

Em quem é que os lisboetas devem votar? Carmona, porque é o único capaz de derrotar Carrilho. Eu, como utilizador diário da CRIL e do Eixo Norte-Sul, ficaria muito agradecido.

NG