terça-feira, julho 12, 2005

Matemática

Dominar a Matemática, ainda que superficialmente, implica uma série de capacidades:
- Planeamento e análise
Memorizar, embora em parte necessário, pode ser perfeitamente inútil. É preciso compreender. Daí que o estudo tem (deve) que ser planeado, identificando as áreas onde há maior dificuldade, para se pedir esclarecimentos a professores ou colegas e repartido bem o tempo aplicado a praticar a resolução de problemas nesta ou naquela matéria, consoante o seu grau de complexidade. Nos exames, este exercício é fundamental, pois corre-se o risco de passar todo o tempo a tentar resolver um único problema, pelo que se tem que hierarquizar as diversas perguntas por grau de complexidade.
Qualquer problema tem uma única solução, mas poderá ter várias formas de abordagem. Daí ser preciso identificar os caminhos possíveis e escolher aquele que parece mais indicado. Sem este passo, perde-se muito tempo, o que poderá ser, como já referi, determinante num exame.
- Rigor
Na matemática, a doutrina não diverge, a solução é única. Uma mera troca de sinal a meio da resolução de um problema dá origem a um resultado errado. Rigor é fundamental.
- Trabalho de qualidade ou Eficiência
Não se passa a matemática com memorização intensiva e cábulas. É preciso praticar, praticar e praticar até se perceber e dominar os conceitos. É também preciso recorrer a ajuda (professores, colegas, pais e mesmo tios - não é verdade, Rita?) quando não se consegue mesmo ver a luz. E insistir, não desistir até percebermos a lógica da coisa. Não vale a pena insistir naquilo que não se percebe, na vã tentativa de memorização de todas as hipóteses de problemas. Mas do que quantidade, é preciso qualidade no trabalho.

Se pensarmos um pouco sobre as falhas da sociedade portuguesa, tanto na esfera pública, como na esfera privada, algumas das principais não serão estas? Falta de Planeamento, Rigor e Eficiência? E será que estas falhas não terão muito a ver com o aproveitamento péssimo dos portugueses nesta disciplina?

Nos exames do 9º ano, mais de dois terços dos alunos chumbaram. No 9º ano! Mais de dois terços! Vamos ter mais uma geração de alunos que irão escolher a via de ensino que lhes permita fugir a Matemática e, com isso, fugir de um instrumento importantíssimo para dominarem melhor a mais fantástica ferramenta que a natureza nos deu: o cérebro.

Preocupante? Não, dramático.

NG

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

pah yah...mas às vezes a vontade não é muita, o espírito não existe e é mais fácil deixar andar...mas pedir ajuda é sempre uma alternativa, talvez a melhor delas todas...brigadas =D
Rita

10:07 da tarde  

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