Catástrofes com nome
O Dennis anda a fazer estragos. Esta mania de dar nomes aos furacões, ainda por cima nomes relativamente queriduxos, terá, porventura, como objectivo mitigar o drama. Em vez de se ouvirem gritos de "Cuidado! Vem aí o furacão", ouve-se "Cuidado com a Josephine". Os relatórios de rescaldo poderão ter comentários do tipo "O Teddy partiu isto tudo" ou "A força da Lili arrancou 32 árvores".
Mas, apesar de tudo, acho graça a este principio e vou passar a adoptá-lo. Começando pela seca, vou-lhe chamar Arnaldo. "Arnaldo afecta 97% do país" soa bem, não soa? Já ao défice, que também se pode considerar uma catástrofe, vou-lhe chamar Alzira: "Temos que conter a Alzira", "Temos que reduzir a Alzira", "Governo preocupado com a Alzira" e, por último, "Há vida para além da Alzira".
NG
Mas, apesar de tudo, acho graça a este principio e vou passar a adoptá-lo. Começando pela seca, vou-lhe chamar Arnaldo. "Arnaldo afecta 97% do país" soa bem, não soa? Já ao défice, que também se pode considerar uma catástrofe, vou-lhe chamar Alzira: "Temos que conter a Alzira", "Temos que reduzir a Alzira", "Governo preocupado com a Alzira" e, por último, "Há vida para além da Alzira".
NG
2 Comments:
Cá estamos nós, com a globalização, a absorver (mais) algo da cultura americana. Sim senhor, vamos a isso! Mas porque não Arnaldo (masc.) para o défice (masc.) e Alzira (fem.) para a seca (fem.)? É o politicamente correcto que manda trocar os géneros para evitar alguma discriminação? :-)
Germal,
se eu escolhesse um nome feminino para a "seca" teria problemas em casa. Não foi, por isso, o politicamente correcto que me moveu. Foi mesmo a vontade de manter um bom ambiente familiar.
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