manias parvas

Tenho a mania de ordenar cromaticamente as molas quando estendo a roupa. Tenho a mania de fechar sempre o detergente e arrumá-lo no sítio dele em vez de ficar aberto na borda do lava louças. Tenho mania de, nos últimos segundos do lavar de dentes, abrir a água, nem que seja só um bocadinho. Tenho mania de abrir sempre uma revista por trás. Tenho a mania de guardar caixinhas – ainda agora da viagem a Praga trouxe a caixinha nova da refeição a bordo (pelo design). Tenho mania de beber o a última metade do café a golos pequeninos. Tenho a mania “das cenas direitas e simétricas” – 2-1-2 e não 2-1-1. Tenho a mania de prestar atenção aos pormenores das coisas que me dão prazer ver e deixar passar os pormenores das coisas que me chateiam mas que devia ver. Tenho a mania dos sacos de papel – os que trago de fora ou os que são mais “fixes”, guardo, mas não sei bem para quê. Tenho a mania de fotografar o céu – apesar de ter um porradão de fotografias virtualmente iguais. Tenho a mania de estacionar bem nos sítios complicados e nunca à primeira quando tenho mais do que um lugar disponível. Tenho a mania das bolas – golf, rugby, futebol, baseball, softball, grandes, pequenas, a sério ou de brincar. Tenho a mania das tecnologias – as de ponta e que vão sair são sempre as que eu queria ter. Tenho a mania da música - o silêncio pode ser de ouro mas como eu não ligo nada a jóias... Tenho mais manias mas agora de repente....
Se calhar isto explica muita coisa ou então é só lenha para os meus amigos me queimarem na fogueira do ridículo.