ai meu deus
agora é que a porquita torceu o rabo. agora é que a vaca tossiu. agora é que tu partiste a loiça toda. não há conquistas de abril? oh que caraças, o simples facto de dizer oh que caraças em vez de oh que caralho por opção é já uma conquista de abril. este blog é uma conquista de abril. mas há mais conquistas além do passe social - que sim, também é uma conquista de abril. as viagens que já fizemos e as que vamos fazer porque queremos; a educação que damos às nossas filhas porque queremos; o dinheiro que gastamos, o trabalho que temos e a educação que tivemos porque queremos. tudo isto são conquistas de abril. dir-me-á o meu amigo que tudo isso é liberdade. pois é. e então? dizer isso assim dessa maneira é redutor, mesquinho e reaccionário - e a possibilidade de dizer isto ao meu amigo é também liberdade. a possibilidade de gritar ao mundo que amo e odeio, que quero e não quero, que sei e não sei é liberdade. porra! haverá alguma coisa mais importante que a liberdade? bem sei que o meu amigo é caustico, pérfido no humor e acutilante nas palavras mas que diabo, a liberdade é isso também. chiça, até poder dizer isto sem ser considerado um intelectual de esquerda é liberdade. e como é bom. saberá o meu amigo melhor que eu quanto prezo o 25 de abril e o que representa. já diferente é meter no mesmo saco o que de errado se fez. é que lido assim de rajada, o seu post não é mais que o louvar ao tempo da antiga senhora. sei bem que fui eu quem disse aqui: louvemos ao senhor, mas era a si que louvariamos, à sua acutilância e pertinência, à sua sabedoria e inteligência - que não são bem a mesma coisa. não era suposto louvar a tempos que foram tudo o que não deve ser. entendo as suas palavras em jeito de provocação ao nosso mais recente bloguista. entendo. ainda assim, um pouco de comediemento no atentado seria prudente. salve-se ao menos a referência ao belenenses. é que toda a gente sabe que o quarto grande hoje é o boavista, logo a seguir ao sporting. esse sim, que por opção escolheu fazer má figura. e com toda a liberdade para o fazer!
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