Menos ais
A inclusão da palavra "paneleiro" no "Menos Ais" da Galp versão 2006, suscitou várias reclamações, incluindo uma da Sara Martinho, que dirigiu à empresa responsável pela companha, a BBDO. Pedro Bidarra, Vice-Presidente da Empresa, respondeu assim:
"Paneleiro, puta, cabrão, filho da puta, caixa d’óculos, sapatona, vaca, cabra, betinho, galdéria, anormal, idiota, atrasado mental, chato, puta de merda e cabrão do caralho são insultos. Apenas insultos. Insultos que ofendem apenas (quando ofendem) a quem são dirigidos. No caso da letra a quem , no abstrato “se corta a dar o litro”. Para mim a liberdade de expressão não tem excepções".
A maior parte do texto nem merece comentários. Vou, por isso, debruçar-me apenas sobre o final: a liberdade de expressão não tem excepções. Concordo em absoluto com isso. Mas para o cidadão Pedro Bidarra. Porque quando falamos do profissional Pedro Bidarra há excepções muito claras: os interesses do seu Cliente, e, em ultima análise, da sua empresa.
Neste caso, os interesses da Galp foram bem defendidos? Não me parece. Uma campanha que queria retomar o entusiasmo pelo selecção e recuperar as bandeiras nas janelas, e que acaba por ser abafada com contestações, não é a minha ideia de sucesso. E esta resposta, satisfaz quem se sentiu melindrado? Estancou as contestações? Longe disso, como será fácil de adivinhar.
Da próxima vez, sugiro menos ais e mais profissionalismo.
NG
"Paneleiro, puta, cabrão, filho da puta, caixa d’óculos, sapatona, vaca, cabra, betinho, galdéria, anormal, idiota, atrasado mental, chato, puta de merda e cabrão do caralho são insultos. Apenas insultos. Insultos que ofendem apenas (quando ofendem) a quem são dirigidos. No caso da letra a quem , no abstrato “se corta a dar o litro”. Para mim a liberdade de expressão não tem excepções".
A maior parte do texto nem merece comentários. Vou, por isso, debruçar-me apenas sobre o final: a liberdade de expressão não tem excepções. Concordo em absoluto com isso. Mas para o cidadão Pedro Bidarra. Porque quando falamos do profissional Pedro Bidarra há excepções muito claras: os interesses do seu Cliente, e, em ultima análise, da sua empresa.
Neste caso, os interesses da Galp foram bem defendidos? Não me parece. Uma campanha que queria retomar o entusiasmo pelo selecção e recuperar as bandeiras nas janelas, e que acaba por ser abafada com contestações, não é a minha ideia de sucesso. E esta resposta, satisfaz quem se sentiu melindrado? Estancou as contestações? Longe disso, como será fácil de adivinhar.
Da próxima vez, sugiro menos ais e mais profissionalismo.
NG
2 Comments:
pessoalmente acho que esta coisa foi toda inflacionada. sinceramente não tinha sequer notado na letra, e muitos teriam ficado como eu se não fosse esta onde de choque moralista que se gerou em volta do anúncio. Penso que é mais do que claro que a Galp nunca teria intenção de ofender a população gay nacional, parece me mais uma enorme tentativa de aparecer na televisão quandos as oportunidades escassam
Concordo, no essencial, com a tua análise. Queria ter escrito um post sobre o outro lado do Menos Ais, mas não tive tempo. Vou ver se arranjo.
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