sexta-feira, abril 08, 2005

a suprema alegria do banal

Caro RB,

nos primórdios da nossa amizade, nos nossos vinte e poucos, as nossas ambições passavam pela concretização de projectos inovadores e desmesuradamente rentáveis, para que pudéssemos adquirir as casas, carros e demais bens distintivos do resto do mundo. no fundo, unia-nos uma forte intenção de fugir à banalidade, o que nos parecia, inconscientemente, o caminho mais indicado para a felicidade.

o que não sabíamos nem poderíamos saber, é que a felicidade está nos actos mais banais e, o que me levou a escrever este post, mais ainda no mais banal entre todos: um nascimento.

é, de facto, impressionante e surpreendente, o impacto de uma coisa que acontece milhares de vezes por dia a dezenas de milhares de pessoas, super-hiper-mega banal. eu e tu, fomos apenas dois pais entre milhares só o ano passado. mas a energia que essa banalidade nos transmite, a força com que nos puxa lágrimas, que, no meu caso, nem sabia que tinha, é "a" experiência e é o sentimento mais próximo de suprema felicidade que se conseguirá atingir.

RB, passou um ano da banalidade que inundou a tua vida, a minha "sobrinha" Carolina.

parabéns pá e também à JC! e desde já peço desculpa por um post tão banal.

NG